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Maternar: será preciso MATAR quem você é pra se TORNAR MÃE ?


mulher pensativa sobre si mesma

Muitas propostas de transformação vem com a maternidade e a maioria delas vai desafiar o como você vai passar a administrar sua nova realidade.

Isso não significa anular completamente quem você é, o que você gosta, seus limites, seus sonhos.

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Na real, um dos sentimentos que mais abala nessa fase é a frustração de confrontar as idealizações feitas com a realidade que se apresenta. Junte a isso a sensação de ser desconsiderada em sua dedicação e uma exaustão absurda e, violá - temos uma mulher que passa a achar que a única solução é desistir de si mesma para atender ao chamada de SE TORNAR MÃE.

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Mas o que define SER MÃE afinal ? Já pensou nisso ?

Você conseguiria criar ou encontrar uma única definição que incluísse todas ?

Esse movimento de encaixotar as mulheres em frascos rotulados está abalando a saúde mental das mães e tirando delas a chance de protagonizar a criação de seus filhos.

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Equilibrar a maternidade com todas as demais demandas é pedir para enlouquecer !

São muitos pratos pra equilibrar e fatalmente alguns vão cair ou ficar pelo caminho.

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É por isso que é tão importante a gente olhar para quem somos e descobrir em quais "brigas" queremos entrar ou não. Informação segura é essencial para definir o que é inegociável para você ou o que pode passar, baseado nos seus valores, limitações pessoais e momento de vida.

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Eu mesma sempre soube que o leite materno era (e segue sendo) o melhor alimento para o bebê humano, porém eu já estava tão sofrida com a perda do meu pai que entendi que não teria forças para "brigar" por aquilo naquele momento - abri mão, mas não fui MENOS MÃE por isso.

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A gente abre o celular e a INFOxicação começa. São muitos os "tem que" ou "é o melhor para" fazendo sua mente tagarelar contigo o tempo todo. O marketing do medo tá aí pra te vender colírio depois de ter jogado areia no seu olho.

Fica difícil pensar por si mesma desse jeito, né ?!

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Sempre gosto de relembrar que somos ÚNICAS enquanto pessoas e, por isso, não é preciso que o nosso maternar seja um ideal estabelecido pelo outro. Podemos sim pensar e sentir diferente umas das outras.

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Avalie e respeite seus limites para não se deixar desconsiderar no processo.

Ninguém consegue dar o que não tem - não se envasie de si mesma.

Resgate a mulher que você é e a mantenha viva para que seu maternar não seja um fardo e seu filho sinta orgulho e se inspire em você.

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Só mais um lembrete, toda essa minha fala é algo para gente tomar conta todos os dias.

Por isso que ainda hoje, com quase 12 anos de maternar, eu sigo aprendendo, um dia de cada vez, tentando dar o meu melhor.

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Estarei sempre aqui por um maternar mais leve e acolhedor.

Beijo no coração e até a próxima.


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